“Pensei que estava infartando, mas não era nada”

Por Caroline Antunes

Boa parte das pessoas que chegaram a minha clínica trouxeram uma experiência igual ou parecida com essa. “Eu pensei que estava infartando, fui para a emergência e não era nada.”

Eu acho interessante quando me dizem que não era “nada”, primeiro por que geralmente a pessoa vai a emergência algumas vezes até entender que aquilo  é fruto da ansiedade ou o médico encaminhar para um psicólogo e um psiquiatra, segundo pelo fato de que, se não for de origem orgânica, alguma coisa é, geralmente, de origem psíquica, então, podemos concluir que não pode ser nada. É alguma coisa e pode ser muita, inclusive. O fato de não ter um diagnóstico médico e ser uma questão orgânica não diminui o quanto a ansiedade prejudica a qualidade de vida das pessoas e o tanto de angústia que as pessoas experienciam por meses, muitas vezes por anos, sem melhora. 

É importante salientar que, se você tem esses sintomas, é preciso procurar ajuda profissional. Eu costumo dizer que ninguém merece conviver com a ansiedade e se acostumar com seus sintomas como se fosse normal, por que não é. 

Pode gerar ainda mais ansiedade ter que conviver, muitas vezes, diariamente com tantos sintomas. Essa dor no peito, esse peso que escuto dos pacientes, sempre vêm atrelada à questões da vida que não foram “digeridas” e muitas vezes nem se tem consciência do que é, mas se descobre uma hora ou outra na terapia. Por isso, tendo esses e outros sintomas físicos, sem aparente motivo, procure um psicólogo.  

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